domingo, 7 de março de 2010

Imoveis: Financiar ou não financiar?

Existem momentos na vida em que nos deparamos com dúvidas enormes. Hoje, por exemplo, estava buscando (e discutindo) a melhor forma de como adquirir a casa própria, afinal está chegando o grande momento de se pensar no verbo!


Pensei muito em como escrever este texto, mas tive a idéia de não realizar nenhuma comparação (pelo menos no início do post) entre os diversos formados de aquisição de imóvel e centralizei apenas na questão do financiamento. Pessoalmente, acredito que este não seja o melhor negócio para quem está começando a viver sua vida e a planejar um casamento. Afinal, começar a vida devendo tanto não é fácil, todos sabemos que a instabilidade financeira pode prejudicar o maior amoroso dos casais (como diz Marcel Steiner).

Buscando na internet, encontrei diversos sites sobre casamento que falam sobre o financiamento de imóveis. No site Guia de Casamento encontrei um post sobre como comprar o imóvel certo. Nele, Marcel Steiner fala sobre a importância de não comprometer o orçamento na hora da compra:

[...] nunca comprometa mais de 20% de suas receitas com as prestações da casa própria. Assim você terá maior flexibilidade com seu dinheiro e não passará por apuros se sua situação financeira apertar.

Já o blog Planejando meu Casamento fala sobre como comprar o imóvel à vista morando de aluguel. A proposta ousada colocada por Rafael Pascoarelli em uma palestra em SP e pescada pela autora Cíntia indica aos noivos e noivas que é possível comprar a casa própria à vista, morando de aluguel, e ter a casa própria dos sonhos num tempo (e custo) bem menor do que se fizesse ao financiá-lo.

Se você está prestes a financiar um apartamento é porque a parcela do financiamento cabe no seu bolso, certo? A proposta aqui é: separe esse valor exato entre uma parte para pagar o aluguel de um apartamento no mesmo nível daquele que você quer comprar e outra para “poupar”. Todo mês, o dinheiro que sai do seu bolso será o mesmo que você já se planejou para desembolsar.

Pessoalmente, achei essa proposta fantástica, mas trocaria a poupança por, talvez, um consórcio. Assim, talvez, seria uma forma segura de manter disciplina! Apesar de que o investimento em aplicações que rendam mais que os 0,5% da poupança também são uma possibilidade interessante. Outra questão colocada, nos prós desta proposta, é a amortização dos juros e a possibilidade de vendê-lo antes de quitá-lo:

Você não perde dinheiro com juros. Tudo que você poupar, será patrimônio seu. As primeiras parcelas do financiamento são as que tem o maior percentual de juros. De R$ 1 mil que você paga, R$ 900 são para pagar os juros (isso se chama amortização). A cada mês, o valor da parcela baixa por conta da amortização dos juros. Porém, se você quiser vender o apartamento antes de quitá-lo e já tiver pago R$ 10 mil, por exemplo, ele não valerá R$ 10 mil. Valerá menos, tipo R$ 5 mil. O resto é juros.

Mesmo que muitas pessoas torçam o nariz pensando nessa probabilidade, pelo que podemos ver, dá para pagar aluguel e investir no futuro imóvel ao mesmo tempo. Além disso, a lenda de que se você precisar vendê-lo terá o dinheiro de volta é balela, pois a maior parte do dinheiro não é investimento, e sim juros. O site mostra um contra que desagrada as pessoas que tendem ao financiamento por ter o contrário disto:

Você terá de esperar mais para ter um imóvel no seu nome. Mas não se iluda: ele será quitado em menos tempo!

O site Com Dinheiro disponibiliza uma planilha (a mesma do blog acima que está com problemas) muito interessante. Basta realizar o cadastro e ir no menu Financiamento > Em quanto tempo compro imóvel à vista morando de aluguel. Outras formas de comparação (e planilhas) podem ser encontradas no Investpedia que trata da dúvida: comprar, alugar ou financiar o imóvel? Em uma comparação feita no artigo, para a compra de um imóvel de 150 mil fica mais barato alugar e poupar R$ 400,00 ao mês do que financiar:

Se a mesma pessoa tivesse optado por um financiamento de 20 anos, dando 30% do valor do imóvel como entrada e parcelado o saldo devedor a juros de 1% ao mês pela tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), teria pagado aproximadamente o total de R$244.461,00 pelo imóvel e teria um patrimônio de R$150.000,00 ao final de 20 anos. Nesse exemplo foi suposto que a pessoa possuía apenas os 30% da entrada disponível e que não possuía capacidade de poupança. Fica claro como a capacidade de poupança faz muita diferença no longo prazo, por menor que ela seja.

Por lado, apesar de eu estar com um pensamento hoje tenho que ter sempre em mente (como destaca o site Investpedia) que:

Não existe uma opção que seja mais vantajosa ou melhor que outra quando o assunto é a compra ou o aluguel do imóvel. O que existe são algumas variáveis que devem ser muito bem analisadas, pois cada caso é um caso. O que é mais vantajoso pra você pode não ser para seu vizinho. Questões como o prazo do financiamento, o valor do aluguel, a capacidade de poupança de cada indivíduo e a renda familiar são apenas alguns desses fatores.

Obviamente, um dos casos tratados pelo Investpedia não se encaixa no meu perfil: a compra à vista.

Gustavo Cerbasi (autor do livro “Casais inteligentes enriquessem juntos” – que irei adquirir essa semana) fala que devemos pensar em sonhos, e para tê-los, precisamos conversar sobre dinheiro. O fato de como gastar dinheiro é algo extremamente variável entre as pessoas; é importante conhecer essas diferenças para que os sonhos se realizem com maior conforto.

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1 comentários: on "Imoveis: Financiar ou não financiar?"

Lucas disse...

Estava a procura de financiar apartamento. Obrigada pelas informações!

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