sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por que investir em Imóveis

Por que investir em imóveis?
O brasileiro continua aplicando seu dinheiro em imóveis. É fácil constatar que esse é o maior mercado para investimentos no Brasil. Desde o investidor pequeno, dono de um modesto patrimônio a um mega-investidor da Bolsa de Valores, todos possuem ativos no mercado imobiliário. Quando a fortuna dos ricos e famosos vira alvo da curiosidade dos jornalistas, a maior parte do dinheiro está materializada sob a forma de tijolo e cimento. Todo mundo investe em imóveis.

Até aí nenhuma novidade. Com o aumento da população das cidades, houve uma enorme demanda por moradia nos últimos 50 anos e paralelamente ao fantasma da inflação, o investidor brasileiro sempre deu preferência para esse tipo de ativo na hora de escolher o destino de suas economias.

Bom ou mau negócio?
Mas será que hoje em dia ter uma carteira de imóveis é um bom negócio? Nos últimos anos, o mercado imobiliário deixou de ser um espaço para amadores e tornou-se cada vez mais um campo altamente disputado, em que poucos conseguem de fato ganhar dinheiro. Bem poucos.

Aplicar em imóveis, mesmo com suas grandes particularidades, exige tanto trabalho e pesquisa quanto investir na Bolsa. O mercado passou por uma forte mudança nos últimos anos e apenas os mais qualificados conseguem identificar as boas oportunidades.

Segurança para seu dinheiro
Mesmo com todos esses entraves, até os consultores financeiros mais agressivos sugerem que uma certa parcela de seu patrimônio deve ser aplicada em ativos imobiliários. Apesar da baixa liquidez e da pequena rentabilidade, os imóveis ainda constituem um porto-seguro para o seu dinheiro. São uma estratégia para preservar suas economias dos períodos de alta inflação e de política do governo que prejudicam os investimentos em renda fixa.


Rentabilidade
Imóvel não é o tipo de investimento mais rentável do mercado. Nos últimos anos, aplicações em renda fixa e até mesmo as
ações da Bolsa superaram os imóveis no que diz respeito à rentabilidade. A baixa demanda pelo aluguel de apartamentos e os altos juros da Economia atuaram contra essa modalidade de investimento. Além disso, nos últimos dez anos a inflação foi pequena, e dessa forma, os imóveis não apresentaram grande vantagem no quesito segurança.

Ainda assim, aplicar em imóveis é uma forma segura de preservar seu dinheiro. O investimento sob a forma de tijolo e cimento é a alternativa mais clássica para proteger seu dinheiro da inflação e das turbulências econômicas. Somando segurança e rentabilidade, a parcela do seu patrimônio destinada a ativos imobiliários não pode representar a maior parte. Pelo fato da rentabilidade ser baixa, os imóveis não devem passar dos 40% de suas economias.

Existem duas fontes de renda para o proprietário de um imóvel. A primeira dela é o ganho com os aluguéis. Nas principais cidades brasileiras, como São Paulo, o valor do aluguel em relação ao preço do imóvel dificilmente passa de 0,7%. O normal é encontrar valores entre 0,5% e 0,6%. Claro que os imóveis menores, bem localizados e em bom estado de conservação podem render aluguéis maiores no final do mês. Alguns deles podem chegar a quase 1%. Mas são raros os casos.

Por sua vez, a segunda fonte de ganhos no mercado imobiliário é a valorização das propriedades. Mas ganhar dinheiro com isso é assunto para profissionais. Além de exigir um horizonte de investimento muito grande, para ter sucesso no futuro a partir de especulações é preciso ter um bom conhecimento do mercado. Mesmo com toda a dificuldade, é possível identificar boas oportunidades e fazer bons investimentos.

Luz no fim do túnel
De acordo com especialistas da área, a performance do mercado imobiliário deve melhorar nos próximos anos. Com a queda dos juros, promessa feita na campanha do atual governo, a tendência é que a economia volte a crescer e mais pessoas tenham a possibilidade de adquirir a casa própria.

Nesse sentido, o que aumenta é o preço das propriedades. Os proprietários ganham com a valorização de suas propriedades. Outro efeito da redução dos juros é que o dinheiro fica mais barato. As famílias passam a pagar taxas menores nos financiamentos imobiliários, o que ajuda a aumentar o volume de crédito concedido pelos bancos. Mais gente comprando no mercado significa aumento de preços das unidades imobiliárias

Riscos
Se você pensa que imóveis não apresentam risco algum, aqui vão alguns alertas. Como a maioria dos investidores busca nos imóveis a segurança, é preciso elaborar estratégias para diminuir os riscos do seu investimento. Já que a rentabilidade é geralmente baixa, não faz sentido correr grandes riscos nessa modalidade de investimento. Caso contrário, vale mais colocar todo o seu dinheiro na bolsa de valores.

Perigos pela frente
Por ser uma aplicação de longo prazo para a maioria dos investidores, o
mercado imobiliário apresenta maior lentidão e maior previsibilidade em relação a outros tipos de ativos. Ou seja, demora-se mais para ganhar dinheiro e é possível abandonar o barco nos primeiros sinais de naufrágio. O principal risco desse mercado está fortemente associado às características da localização de um imóvel.

Desconsiderando catástrofes econômicas, o único jeito de perder dinheiro é quando a região onde se localiza um imóvel se desvaloriza. Geralmente esse processo (também lento) ocorre em função de políticas públicas. O mercado apenas se ajusta às medidas tomadas pelo governo.

Existem muitos fatores que desvalorizam uma região. Uma das medidas que tem uma influência altamente negativa numa área urbana é a "mudança" do Poder Público. Quando a prefeitura ou o governo do estado decide instalar-se num outro bairro, ocorre uma grande desvalorização dos imóveis do entorno, que até então estavam vinculados às atividades burocráticas do Estado. O mesmo pode acontecer quando é o próprio Governo Federal que vai embora. Basta lembra do processo ocorrido no centro do Rio de Janeiro, após a mudança da capital para Brasília.

Outro problema são as obras públicas construídas por gestões irresponsáveis, que visam apenas corrigir distorções urbanas específicas, sem pensar na cidade como um organismo só. É o caso das estradas urbanas elevadas, como o Minhocão de São Paulo. A construção de terminais e corredores de ônibus tradicionais também ajudam na degradação de uma área urbana.

Invasões
O problema das invasões, principalmente a de grandes terrenos nas maiores cidades brasileiras, é talvez o mais sério enfrentado hoje em dia pelos investidores. Invasões também podem acontecer em imóveis vazios, e são mais comuns do que se pensa.

Ainda assim, em função da lentidão da Justiça, muitos proprietários têm tido
problemas seríssimos com a ocupação ilegal de seus imóveis. São questões que, na maioria das vezes, dificilmente serão resolvidas. A possibilidade de retirar moradores ilegais de seu terreno é mínima. Nesse caso, a recomendação é prevenir que a invasão seja concretizada

Fonte: infomoney

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